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SESI apresenta novo projeto pedagógico da EJA para Conselho de Educação do Ceará

01/12/2016 - 10h12

O Serviço Social da Indústria (SESI) está implementando um projeto inovador na área de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em todo o Brasil. Com base no artigo 81 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que assegura organização de cursos ou instituições de ensino experimentais, o SESI elaborou uma nova metodologia de ensino, com um currículo mais flexível e contextualizado à realidade dos trabalhadores. Na última semana, uma equipe do Departamento Nacional do SESI esteve em Fortaleza para apresentar o Novo Projeto Pedagógico da EJA ao Conselho de Educação do Ceará e, em um segundo momento, à equipe técnico--pedagógica do SESI Ceará.

Para o consultor do SESI Genuíno Bordignon, o currículo é a pista escolar feita para a criança e o adolescente seguirem uma trilha de aprendizagem. “O adulto que não criou essa pista, ficou como um germe empacado? Não, trilhou sua trilha por fora. Cresceu, amadureceu, aprendeu. Ele não ficou parado. E o que foi apreendido precisa ser considerado”, disse.

Edilene Aguiar, especialista em Desenvolvimento Industrial da Gerência de Educação para o Trabalhador, explicou que o problema da EJA atual é que muita coisa não tem sentido na vida dos alunos. “Pensamos em trabalhar o currículo contextualido para a realidade dos adultos. Para que ele possa ver sentido no que está aprendendo. O adulto já construiu representações. Não é mais querer levá-lo a construir, mas levá-lo a entender, a sistematizar o que ele já construiu. Ao invés de a teoria explicar a prática do contexto da vida dele, você parte do contexto da vida dele para explicar a teoria”.

Para tanto, o Novo Projeto Pedagógico do SESI trabalhará com a metodologia de reconhecimento de saberes. A partir de uma série de conteúdos fundantes, elencados por uma equipe técnica de professores em cada área de conhecimento, o objetivo é aplicar uma avaliação que possibilite a identificação das competências que o aluno já desenvolveu ao longo da vida, independente da escolarização.

“Não é um exame, não é um supletivo. É reconhecer as habilidades e competências já apreendidas pelas pessoas, mesmo que não sistematizada. Se for importante sistematizar, se o cotidiano do aluno exigir, o professor vai propor algum trabalho para ele sistematizar. Isso é cidadania”, esclareceu Edilene.

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