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Workshop debate as oportunidades de negócios para o Porto do Pecém com a expansão do Canal do Panamá

08/12/2016 - 11h12

Frete mais barato, implantação de uma rota direta de cargas para a China e a atração de investimentos, indústrias e de novas empresas de logística. A navegabilidade positiva do comércio exterior cearense poderá ser uma realidade com a expansão do Canal do Panamá que trará oportunidades de negócios para o Complexo Industrial Portuário do Pecém. O assunto foi tratado durante o workshop e última reunião do ano da Associação dos Gestores e Executivos em Logística  (AGEL) na noite desta quarta-feira, 7/12, no auditório Luis Esteves, na sede da FIEC, em Fortaleza.

O palestrante convidado da noite foi o coordenador comercial da Ceará Portos, responsável pelo Porto do Pecém, Raul Neris Viana. O encontro contou com a participação do presidente do Conselho Temático de Infraestrura da FIEC (Coinfra), e membro representante da FIEC, na presidência da Câmara Temática de Logística (CT LOG) da ADECE, Heitor Studart.

O presidente da AGEL, Rodrigo Ximenes, abriu o evento agradecendo a FIEC por permitir a realização do workshop na Casa da Indústria e destacou que 2016 foi um ano de desafios, mas que a Associação cumpriu o seu cronograma de palestras, visitas técnicas e captação de novos associados.  O Workshop sobre a Expansão do Canal do Panamá e as Oportunidades de Negócios do Complexo Industrial do Portuário do Pecém foi a quarta palestra realizada pela Associação esse ano. 

"Temos atuado em parceria com Coinfra da FIEC e da CTLOG ao lado do senhor Heitor Studart. E nesse ano desafiador, tínhamos que trazer esse debate para FIEC sobre as novas possibilidades de negócios do Porto do Pecém como alternativa à crise.  Faço uma analogia. Não podemos ver caminhões parados nos postos. Isso representa prejuízo. O Ceará é privilegiado por possuir dois portos e logo o setor de logística tem como se expandir mais", estimula Ximenes.

Raul Neris Viana, da Ceará Portos, fez um histórico do Porto, mostrou a estrutura, as novas obras de ampliação e elencou as vantagens para que o Pecém possa se tornar um HUB no transporte marítmo mundial. " Com assessoria do Porto de Rotterdam na Holanda e expansão do Canal do Panamá, o Porto do Pecém poderá ser um concentrador de cargas do Nordeste e a implantação de uma linha de carga de longo curso importação de produtos da China. Alem da chegada de empresa por conta dessa movimentação por meio do apoio da ZPE. Vejo o Complexo do Pecém como bom investimento mesmo com esse clima de tensão política e econômica", avalia.

Durante os debates, empresários do setor de logística e despachantes aduaneiros manifestaram-se relacionando problemas de ordem tributária e de apoio do poder público. Em sua fala, Heitor Studart diz que a FIEC, por meio do presidente Beto Studart, tem atuado como indutora e estimulado ao Poder Público na resolução de problemas de logística do Ceará junto à Confederação Nacional da Indústria e ao Governo Federal.

"Participamos e encaminhamos o estudo Brasil Competitivo, feito com a Macrologística, e a Indústria sugeriu obras em principais eixos de transportes no Estado contribuindo  para o Plano de Logística Nacional.  Se não forem postas em prática medidas complementares de melhorias da malha de transporte como um todo os reflexos da expansão do Canal do Panamá vão passar longe do píer do Porto do Pecém", analisa Studart.

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