Industriais debatem oportunidades de parcerias com Instituto Politécnico de Leiria

Possibilidade de compartilhar inovação e tecnologia para globalizar negócios de empresas cearenses com utilização do parque fabril e tecnológico do estado. Em retribuição à missão da FIEC à Portugal, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Nuno Mangas, e a vice-presidente da entidade, Rita Cadima, visitaram a FIEC nesta quinta-feira, 16/3. Eles participaram de reuniões nas quais conversaram com industriais e representantes de casas do Sistema FIEC, universidades, institutos tecnológicos, Prefeitura de Fortaleza, Estado e Sebrae. O objetivo é debater oportunidades de parcerias tecnológicas e trocas de experiências com o instituto português. Um dos encontros aconteceu no auditório Luis Esteves Neto. O presidente do Sindquímica, Marcos Soares, abriu a reunião.

Leiria e Fortaleza possuem características em comum. São cidades litorâneas com turismo forte e com a população devota de Nossa Senhora de Fátima. As semelhanças podem chegar nas indústrias. Para isso, Nuno Mangas mostrou aos cearenses quais são as áreas de atuação do instituto, o relacionamento com as indústrias portuguesas, a infraestrutura e como os estudantes aprendem na prática. "O instituto já trabalha na formação de profissionais na indústria 4.0 desde a automação industrial com robôs à fabricação de moldes para fábricas de automóveis do mundo todo. As áreas agroalimentar, turismo e gastronomia, por exemplo, atuam em cadeia. Trazemos valor agregado à formação de uma mão de obra que pense nos produtos dessa cadeia e que a população goste", esclarece.

Outra revelação é que os estudantes do Instituto Politécnico de Leiria vão às empresas, conversam com os donos e sentem o ambiente e as necessidades deles para melhorar o desempenho do parque fabril. "Eles levam as demandas para nossos laboratórios e pensamos soluções com a aplicação técnicas em produtos de forma consorciada com as associações empresariais. O nosso estudante tem formação humana e multicultural e pode atuar em qualquer parte do mundo, inclusive no Ceará. Para se ter ideia, temos artistas plásticos atuando em indústrias. Podemos pensar algo em conjunto", incentivou Mangas.

O presidente do Sindialimentos e um dos membros da comissão que foi à Portugal, André Siqueira, disse que futuras parcerias com o instituto só surtirão efeito se forem gerados negócios para as empresas cearenses por meio da transferência de tecnologia e inovação. "Os industriais cearenses precisam se espelhar nesse alinhamento do instituto com a realidade das empresas, Para isso, o Sebrae pode chegar junto disponibilizando recursos financeiros e o parque tecnológico e oferecendo os espaços e equipamentos como o SENAI", acredita.

O diretor Regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda, afirmou que o SENAI pode disponibilizar a infraestrutura do CETIS para futura parcerias nas áreas de alimentos e setor eletrometalmecânico. "Vimos aqui que o instituto possui qualidade técnica e estamos caminhando para uma atuação conjunta fruto da Missão à Portugal", complementa.

Além da FIEC, os portugueses visitaram nessa semana a UFC, UECE, IFCE e o Sebrae.

Relembre
Com o objetivo de conhecer os ambientes de inovação por meio de atores reconhecidamente relevantes, a Comissão de Apoio e Desenvolvimento da Indústria, da FIEC, esteve em Portugal no durante uma semana no último mês de fevereiro.

O grupo visitou a Agência Nacional de Inovação (ANI), o Instituto Politécnico de Leiria, o Biocant Park, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB), a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). Entre os participantes, Sampaio Filho, presidente do Simec; André Siqueira, presidente do Sindialimentos; Marcos Soares, presidente do Sindquímica; Alci Porto, diretor técnico do Sebrae; e Inácio Arruda, secretário da Secitece.

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