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Centro de Inovação SESI tem estudo exposto na ISMA-BR 2021

24/06/2021 - 16h06

O Centro de Inovação SESI em Economia para Saúde e Segurança (CIS) está participando, até amanhã, 24/6, da ISMA - International Stress Management Association, a mais antiga e respeitada associação, sem fins lucrativos, e a única com caráter internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no mundo. 

Na ocasião, o trabalho “Impacto do Trabalhador em casa na saúde e bem-estar durante a Pandemia do COVID-19 e a análise do índice WHO-5” está exposto em formato Banner Digital para profissionais da saúde, pesquisadores, gestores de organizações públicas, segurança pública executivos, juristas, advogados e estudantes.

O congresso está abordando temas de relevância atual como “o que é preciso para se ter um profissional saudável? Como estão funcionando os programas de melhoria da saúde do trabalhador?; Quanto se perde com o adoecimento e o absenteísmo de empregados?” possibilitando troca de experiências entre os participantes. “Como o Centro de Inovação SESI tem expertise de estudos e soluções nessa área é fundamental estarmos presente para conhecer o futuro dessas problemáticas e tendências para o futuro do trabalho”, declara a enfermeira do trabalho e pesquisadora do CIS, Caroline Diniz.

Pesquisa

O trabalho apresentado pelo CIS é um estudo que teve como objetivo analisar, por meio de dados e análise de algumas variáveis, como a população estava se sentindo realizando o trabalho em casa durante a pandemia. Para Caroline, era do interesse do CIS saber se esse modelo de trabalho estava trazendo impactos à saúde e bem-estar dessa população. “Possibilitando, assim, que os resultados e informações possam guiar líderes, gestores, empresas e aos próprios trabalhadores a manejarem de forma saudável seu dia a dia, seja em casa ou no trabalho”, explica.

A pesquisa teve início no Institute of Employment Studies (IES), no Reino Unido, e se estendeu ao conhecimento das diversas realidades em diversos países, Reino Unido, São Paulo, Fortaleza e Índia. 

No Brasil, o instrumento de pesquisa foi adaptado, validado e aprovado pelo Comitê de ética da Universidade Getúlio Vargas (FGV) e todo o estudo teve colaboração técnica da equipe do pesquisador Dr. Alberto José N. Ogata e do Centro de Inovação do SESI- Ceará. O período de coleta do estudo teve início na data 10 de julho de 2020 sendo finalizado em 1º de setembro do mesmo ano.

Resultados

De acordo com a enfermeira do trabalho e pesquisadora do CIS, o estudo contou com a participação válida de 322 respondentes. Inicialmente, foi observado o perfil sociodemográfico dos respondentes da pesquisa, destacando que a maioria são mulheres, 61%, e 39% são homens. Houve predominância de mulheres nesse estudo com idade média de 40 anos. As maiorias dos respondentes residem no estado do Ceará representando 87,9%. Sendo a ocupação predominante o emprego formal 88%; com relação ao home office 93% começaram a trabalhar em casa devido a pandemia.

“Nessa pesquisa percebemos que houve questões importantes a serem observadas em relação de amparo e estrutura aos trabalhadores. Sendo que 86,02% relataram que não houve uma avaliação de saúde e segurança na sua estação de trabalho em casa pelo empregador. E 45,65% relataram não ter acesso a algum Programa de Assistência ao Empregado (PAE)”, analisa Caroline.

Os sintomas relacionados ao sistema músculo esquelético aparecem de forma relevante em estudos sobre o tema. Dores leves a intensas nas costas (55%), pescoço (53%), ombros (46%).  Além de referirem índices também altos de outros sintomas associados a esses problemas. Fadiga ocular (46%), fadiga (43%), dor de cabeça ou enxaqueca (42%).

O estudo revelou que as principais avaliações sobre o trabalho em casa foram interessante e desafiador sentem que o empregador confia neles; gostam da autonomia que esse modelo proporciona; acreditam que trabalhar em casa é muito motivador e tem sentimento de realização no trabalho exercido. Outros consideraram que sentem muita pressão no trabalho e que gerenciar os limites entre a vida pessoal e profissional é muito difícil.

A média do índice de bem-estar WHO-5 geral encontrada foi (14,2) considerada boa a percepção de saúde e bem-estar.

O que é WHO-5?

O WHO-5 é uma escala de classificação global curta e genérica para medir o bem-estar subjetivo da Organização Mundial de Saúde. Classificado em uma escala Likert de 6 pontos de 0 (em nenhum momento) a 5 (o tempo todo).

Ele verifica dentro dessa escala cinco variáveis: eu estava alegre e de bom humor; me senti calmo e relaxado; me senti disposto e renovado ao acordar; me senti cheio de energia e ativo; o meu dia foi cheio de coisas que me interessavam.

Na pesquisa foi feita a orientação para indicarem para cada uma das cinco afirmações a que se aproxima mais do modo como se tem sentido nas últimas duas semanas.

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