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Robótica: no último dia de competições no RJ, equipe cearense bate recorde de pontos da edição e avança para oitavas de final

07/08/2023 - 12h08

O último dia do Festival SESI de Robótica Off-Season Brasil 2023, que acontece no Rio de Janeiro (RJ), já começou com grandes emoções, na Marina da Glória. A equipe cearense All Might (Escola SESI SENAI Parangaba), da modalidade FRC, bateu recorde de pontos de toda a competição, numa disputa empolgante de alianças, avançando para as oitavas de final.

A All Might integrou a aliança azul, junto com as equipe Agrobot (Rondonópolis-MT) e Sharks (Taubaté-SP), contra a aliança vermelha, composta pelas equipe Mont (Montenegro-RS), Tech Vikings (Naviraí-RS) e Roosters (Curitiba-PR). As alianças unem três equipes de cada lado da arena de FIRST Robotics Competition (FRC), que cumprem várias missões que valem pontos gerais na competição. Com o placar de 134 x 80, a aliança azul foi a vencedora.

“Nesta primeira partida do dia, nós já conseguimos fazer a maior pontuação de toda a Off-Season, sem nenhuma penalidade! Estamos confiantes, agora, para as semifinais e finais”, comentou o técnico da equipe cearense, Hinácio Mahybe. A animação no pit da All Might, após essa vitória expressiva contagiou a todos e, agora, é torcer pelo melhor resultado no torneio.

Agora nas oitavas, a All Might integra aliança com as equipes Agrotech (Várzea Grande-MT) e MonT (Montenegro-RS).

Na FTC, a FIRST Tech Challenge, a equipe Spartan, da Escola SESI SENAI de Sobral, participou de duas competições e completa o ciclo com muito aprendizado. Na primeira partida, nossos estudantes integraram a aliança vencedora. “A gente formou a aliança com a equipe UnderCtrl (Novo Hamburgo-RS) e conseguiu fazer uma boa estratégia e saiu vencedor. Na segunda partida, tivemos alguns problemas, logo no início da partida. É uma honra estar entre as melhores equipes do Brasil e saímos daqui com maturidade e experiência para sermos melhores. Vamos trabalhar muito para fazer bonito, representar Sobral e o Ceará no ano que vem”, disse Caio, responsável pela engenharia e CAD da Spartan.

Na categoria F1 in Schools, nossos competidores da equipe Woltz (Escola SESI SENAI Parangaba) enfrentaram a equipe Tupã (São José dos Pinhais-PR), no ‘mata-mata’. “Finalizamos as corridas e conseguimos alcançar o 14º lugar geral no ranking de reação [tempo que os pilotos levam para acionar os carros], que é um resultado magnífico, uma melhora de 100% da nossa posição em relação ao Torneio Nacional de Brasília [realizado em março deste ano], ficando na primeira parte da tabela. Esta é a realização de um sonho e um processo de crescimento da equipe”, explicou Anderson Jarder, técnico.

“Nós competimos em torneios desde 2021, quando tínhamos um carro com uma massa mais elevada. Amadurecemos, nas competições seguintes, já com a Woltz e um carro mais competitivo, sendo destaque no escrutínio [avaliação minuciosa pelos juízes]. Este processo de evolução é fundamental, tanto nos nossos elementos enquanto equipe, quanto pessoalmente. Eu agradeço por poder participar dessa competição maravilhosa”, disse o piloto da Woltz, João Roberto, que atua em competições há 4 anos.

Muito além da robótica

Para fazerem parte dos grandes torneios de robótica, os estudantes têm que trabalhar estratégias e ações que vão muito além da engenharia, da programação e da construção de robôs e carros de F1. Uma das prerrogativas de algumas categorias, como a FTC e a F1 in Schools é a prática do empreendedorismo e a criação de projetos sociais.

A equipe Spartan (da Escola SESI SENAI de Sobral), da FTC, explica dois projetos criados pelos alunos. “Esses são projetos especiais para nós. Em um deles, levamos aulas de robótica para estudantes da EJA - Educação para Jovens e Adultos, focadas em construção e programação; e realizamos um interclasse solidário em que arrecadamos muitos quilos de alimentos para um lar de idosos de Groaíras (CE)”, explicou a capitã e responsável pelo marketing da equipe, Giovanna.

A Gerente da Unidade de Educação e Cultura do SESI Ceará (UNEC), Ana Paula Pinho, comenta que a oportunidade de estudar em uma das Escolas SESI SENAI dá aos alunos uma formação bastante diferenciada. “Não conheço outra escola que faça isso, para além da aprendizagem formal. Esses estudantes se diferenciam por vivenciarem os desafios ao longo de sua trajetória, nas Escolas SESI, com muitas oportunidades. Além da robótica, trabalham o empreendedorismo e a educação para valores. É uma escola que trata do desenvolvimento de competências e habilidades globais. É resultado do trabalho de todos os professores e gestores e, sobretudo, da parceria que as famílias têm com a Escola SESI. Temos vários casos de alunos que foram para outros países e são destaque nas universidades; outros, já colocados no mercado de trabalho, assumindo a gestão de empresas”, disse.

Saiba mais sobre o festival

O Festival SESI de Robótica Off-Season Brasil 2023 começou no último dia 9 e termina hoje, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com a participação de 88 equipes de três modalidades, totalizando 800 participantes de 23 estados do Brasil. A estrutura conta com 4.850 mil m² de área ocupada, sendo 2 pistas e 5 arenas. A competição não é classificatória, mas reúne as melhores equipes que ganham experiência para os próximos torneios.

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