Câmara Cearense do Livro reúne parlamentares na FIEC
A Câmara Cearense do Livro (CCE) reuniu hoje, durante café da manhã na cobertura da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), parlamentares, representantes do setor gráfico, produtores e autores do Estado, para discutir a possibilidade de se criarem melhores condições para a produção literária no Ceará. De acordo com Lucinda Marquês, presidente da CCE, a ideia do encontro foi abrir um diálogo com o parlamento para que as demandas do segmento sejam conhecidas e possam vir a ser atendidas. Ela destacou dentre os vários pontos que o setor reclama, a maior produção no Ceará de obras didáticas e para-didáticas. Hoje, destacou, grande parte do material utilizado, por exemplo, no nível didático, é produzido por editoras de fora do Ceará, com maior volume oriundo do Rio de Janeiro e de São Paulo, além do Paraná.
Segundo Lucinda, essa cartelização poderia ser combatida caso houvesse uma política voltada ao aproveitamento do material aqui produzido, pois, de acordo com ela, nosso parque gráfico não deixa nada a desejar aos dos demais estados da federação. Ela cita ainda a qualidade das obras cearenses como outro componente a ser levado em conta. Lucinda ressalta como proposta principal para que essa questão venha a ser resolvida, a criação de cotas regionais de produção de livros. Outros pontos, destacou, seriam a ampliação de feiras culturais pelo interior e um maior volume de publicações a ser contemplado em editais públicos.
Para o deputado federal José Airton Cirilo (PT), líder da bancada federal cearense, o pleito da CCE precisa ser entendido como uma questão de Estado, e não apenas de governo. Ele ressaltou que objetivamente muitas das propostas da CCE já constam do Plano Nacional de Educação (PNE) e que agora seria necessário reforçar essas ações. O parlamentar afirmou que a proposta de regionalização da produção é uma pauta antiga e vem sendo adotada pelos governos Lula e Dilma, e que a questão cultural também requer essa atenção. Participaram do encontro, além de José Airton, os parlamentares federais Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e Odorico Monteiro (PT), e os estaduais Carlos Matos (PSDB) e Roberto Mesquita (PV).