Sindpan e Sejus firmam convênio para produção de pães por detentos em Pacatuba
O Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan), associado à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), e a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) firmaram convênio hoje pela manhã para a criação de uma central de produção de pães na penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba. A produção será consumida por panificadoras de Fortaleza.
Para o presidente da FIEC, Beto Studart, esse é um programa que resgata os cidadãos. “Muitos desses presos estão lá por falta de acesso à educação. Muitos perderam a dignidade em busca de alimento para suas famílias, pois a nação não os dotou de conhecimento, de formação”. Além disso, ressaltou, “os detentos aproveitam essa oportunidade para darem exemplo de cidadão. Essa é uma oportunidade de formação cultural”.
Ao todo, sete empresas estão participando do projeto, com a produção de 3 mil pães por dia (com exceção dos sábados, domingos e quartas-feiras), por meio do trabalho de cinco detentos. As empresas que participam da parceria são: Panetutte, Cia do Pão, Pão na Massa, Cinco Quinas, Panutre, Casa do Frango e Panificadora Alice. O projeto tem como objetivo ampliar a produção para 30 mil pães.
A qualificação dos detentos, a redução da pena e a remuneração à família estão entre os benefícios citados pelo presidente do Sindpan, Lauro Martins, durante o evento. “Essa iniciativa promove uma parceria que visa o bem social, os detentos realizam essa ação por estímulo”, ressalta o presidente do Sindpan.
O secretário da Justiça e Cidadania do Ceará, Hélio Leitão, reforça: “essa parceria é uma iniciativa que se insere na diretriz fundamental da questão social, que apresenta alternativas de trabalhos para detentos e os ajuda a trilhar um caminho próprio, apresentando-os oportunidades”.
COMO PARTICIPAR
Para participar do projeto, os panificadores ficarão responsáveis pela colocação dos equipamentos necessários, da logística de transporte da produção e da colocação de um funcionário para acompanhar a produção dos detentos. Além disso, pagam 3/4 do salário mínimo ao detento. Como contrapartida, a Sejus arca com os custos de energia e água no espaço disponibilizado para o trabalho.