Presidente do CORIN avalia economia chinesa
Um histórico de relações comerciais bem-sucedido representa confiança e credibilidade entre os países. Sendo o 9º parceiro comercial mais importante do Brasil em 2014, a China tem apresentado o crescimento mais lento dos últimos 25 anos. Porém, esse não é um empecilho para seu crescimento, a China ainda é um dos países do G20 que mais cresce em um ritmo maior do que muitos membros do grupo.
Em 2015, a China gerou mais de um terço do crescimento do PIB mundial, mesmo que em relação aos anos anteriores os rendimentos pessoais, as receitas de negócios e as exportações tenham tido um desempenho pior. No ano anterior, por exemplo, a China vendeu para o Brasil 34,9 bilhões para o Brasil, isso equivale a 1,5% das exportações. Os dados apresentam, em relação a 2013, uma diminuição de 3%.
Marcos Veríssimo Oliveira, presidente do Conselho de Relações Internacionais (CORIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), destaca que “melhorar o processo de gestão, inclusive atraindo grandes talentos para essa atividade, é um grande desafio”. Marcos coloca que os problemas na bolsa de valores foram atribuídos, em parte, à falta de conhecimento técnico apropriado.
Manter os investimentos dentro do país é um desafio, “reduzir as saídas de capital de forma ordenada, sem interromper as atividades básicas de negócios, e ao mesmo tempo manter a confiança do consumidor, é uma tarefa crítica para os líderes econômicos da China no primeiro semestre de 2016”, ressalta Marcos Veríssimo.
O aumento do consumo está entre as apostas do chineses, com incentivo do aumento dos gastos à classe média, mesmo que esse tenha sido 2% menor que em 2015. O presidente do CORIN fala que aumentar os gastos das famílias é uma forte preocupação. “Ações nesse sentido são os aumentos de salários e o estímulo à aquisição de imóveis, uma vez que parte da confiança dos chineses permanece ligada às propriedades”, afirma.
Com a queda da produtividade em 2015, as importações também são um desafio, mas as importações agrícolas podem ser uma exceção. A demanda da China por esses bens continua em alta.
Marcos destaca, ainda, que a dinâmica da economia está muito mais do que antes, dependente do consumidor chinês, e menos dependente dos gastos do governo em estradas e edifícios. Ele acrescenta que é preciso “orientar a economia mais complexa, mais diversificada, e mais conectada globalmente”.