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Águas do São Francisco devem chegar ao Ceará em outubro

22/04/2016 - 14h04

Os presidentes dos conselhos temáticos de Cadeias Produtivas e Agronegócio, Bessa Júnior, e de Infraestrutura, Heitor Studart, visitaram na terça-feira (19/04) as obras de transposição do Rio São Francisco. Eles participaram de comitiva organizada pela Assembleia Legislativa.

O objetivo da visita foi monitorar as obras, de fundamental importância para o setor industrial cearense, avaliar o cronograma e articular ações junto ao Governo do Ceará no sentido da execução das obras complementares a este trecho estruturante, principalmente em relação às obras do Cinturão das Águas. Acompanharam a visita representantes de sindicatos filiados, como o presidente do Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Laminadas e Compensados de Fortaleza (Sindserrarias), José Agostinho Carneiro de Alcântara.

Durante a visita, os representantes do setor produtivo demonstraram preocupação quanto à conclusão da obra e em relação ao modelo de cobrança e valores do insumo. Ainda não está definido o modelo de cobrança da água levada do Rio São Francisco até os estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Foram apresentados estudos informando que a vazão de 26,4m3/seg e mais os custos de operação e manutenção geraria uma dívida de R$400 milhões – serão divididos pelos três estados. O Ceará ainda não definiu uma agenda para se discutir como será cobrado o insumo. Está marcado para o dia 7 e 8 de julho um seminário organizado pela FIEC e Assembleia para discutir a administração da água da Transposição.

O Projeto de Integração do Rio São Francisco está com mais de 90% de execução física. A obra visa garantir a segurança hídrica a 12 milhões de habitantes, em 390 municípios, nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O empreendimento tem extensão de 477 km organizados em dois eixos de transferência de água – Norte e Leste. A obra engloba a construção de 9 estações de bombeamento, 27 reservatórios, 4 túneis, 14 arquedutos, 9 subestações de 230kV, e 270 km de linhas de transmissão em alta tensão. O projeto está orçado em R$8,2 bilhões. Atualmente, 10.340 trabalhadores estão atuando nas obras, alguns trechos funcionando em três turnos.

        

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