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No dia da educação, conheça a história de trabalhadores que tiveram suas vidas transformadas pelo SESI

28/04/2016 - 17h04

No dia 28 de abril, comemora-se o dia de um dos direitos mais importantes para homens e mulheres: a educação. Apesar de ter sido reconhecida como um direito de todos pela Constituição de 1988, a educação, infelizmente, ainda é sonho distante para muitos brasileiros. Segundo dados do Instituito Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 13 milhões de pessoas ainda não foram afalbetizadas no País.

Há 67 anos, o Serviço Social da Indústria (SESI) passou a ser um ator fundamental na luta pela superação dessa realidade. Atualmente com 5.986 alunos matriculados na educação básica e 14.677 na educação continuada, o SESI Ceará apresenta, todos os dias, soluções em educação para as indústrias cearenses e seus trabalhadores. Depois de tanto tempo, é possível dizer que histórias inspiradoras, de desafio e superação, acontecem todos os dias dentro de sala de aula.

Histórias que transformam

De um passado de vida que parece ter sido ontem, pelo menos para o pedreiro Antônio Dias, 58 anos, muita coisa ecoa na memória. Mas uma época se destaca em todo o registro que ele guarda, parecendo deixar o seu sorriso um pouco triste. O mesmo acontece com o também pedreiro Edimir Teixeira, 41 anos. Em suas viagens nos fins de semana a Itapipoca, para visitar a família, vez por outra ele se pega pensando no passado, em um tempo que não volta mais.

Edimir divide o aluguel com o carpinteiro Antônio Neves, 43 anos, natural de Mombaça. Em comum, os três amigos compartilham o dia a dia de trabalho digno nas obras da Porto Freire Engenharia, mas também um lamento, terem largado a escola. “Sempre quis muito estudar. Por um tempão, tive pesadelos chegando atrasado no colégio. Parei no 6º ano, fiz até o finalzinho, mas precisava ajudar no sustento de casa”, diz Antônio Neves, emocionado.

Desde setembro de 2015, Antônio Dias, Antônio Neves, Edimir, e outros 30 trabalhadores da construtora participam do projeto que vem ajudando a ressignificar suas vidas, o Educar Aprendendo. Perguntado sobre o que espera para o futuro, Edimir sonha. “Espero que as portas se abram cada vez mais e eu tenha condições de agarrar as oportunidades que forem surgindo. Nunca pensei em desistir. Todo dia chego para os meus colegas e digo: ‘Não podemos faltar’. Alguns já desistiram e isso pode enfraquecer outros. Às vezes, as pessoas começam as coisas e terminam em nada, por isso fico incentivando cada um. Torço para que a gente possa concluir e fazer uma festa para agradecer essa oportunidade. A gente vai até o fim”, pondera.

Persistir para crescrer

Quando o caminho que nos separa dos nossos objetivos é longo, a necessidade de perseverança cresce a cada dia. Foi assim na vida de José Oliveira dos Santos, 47 anos, conhecido como Sr. Palmeirinha. Era o ano de 2009 quando ele deu o primeiro passo rumo a uma grande vitória: a alfabetização. Depois veio a conclusão do ensino fundamental, do ensino médio e de dois cursos de aperfeiçoamento, que lhe renderam a conquista do sonho de abrir seu próprio negócio.  Para ele, o medo de não conseguir e a mania de se subestimar foram companhias constantes durante os primeiros anos de estudo, mas que, com orgulho, ele conseguiu substituir pelo companheirismo dos colegas e pelo reconhecimento dos professores. 

A força de vontade viria em forma de conselho se possível fosse um encontro entre aqueles que acabam de iniciar sua jornada na educação e Ivanildo Gomes, auxiliar de depósito da empresa Vicunha Têxtil. Isso porque desistir já fez parte da trajetória de Ivanildo, que relembra o fato com a alegria de quem teve uma nova oportunidade. Ele iniciou os estudos com o SESI em 2015, mas abandonou logo em seguida por conta da dificuldade em se adaptar à rotina cansativa de trabalho e escola. A motivação para mais uma tentativa veio da própria empresa, que ofereceu uma possibilidade de promoção para os trabalhadores que concluissem o ensino médio. “Eu aprendi que para crescer na vida é preciso ter estudos e, já que ninguém dá nada de mão beijada, eu tenho que batalhar pra conseguir o que eu quero. No começo eu pensei que não ia me adaptar, mas logo vi que a empresa precisava de pessoas capacitadas e corri atrás”, conta.

*Para saber mais informações sobre os serviços de educação do SESI, clique aqui! 

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