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Comitiva da FIEC participa do Brasil Wind Power 2016
A FIEC fez parte da comitiva do Ceará que participou do Brasil Wind Power 2016, o mais importante evento anual do setor eólico do Brasil, ocorrido no Rio de Janeiro no período de 30/8 a 1/9. Apesar da crise econômica pela qual o país está passando, o segmento de energia eólica está vivendo um momento de franco crescimento e oportunidades promissoras. De agosto a dezembro de 2015, as usinas eólicas brasileiras aumentaram a capacidade instalada em 23%, com 56 novos parques, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Hoje, 6% da energia da matriz elétrica brasileira vem do vento, o que significa 45 milhões de pessoas abastecidas ou todas as residências da região nordeste. Este percentual, no entanto, pode chegar a 12% segundo o ‘Plano Decenal de Expansão de Energia 2024’, produzido pelo Governo brasileiro.
Durante o evento, foi comemorado a representativa marca de 10 GW de capacidade instalada em geração eólica. O Brasil espera alcançar 18,8 GW de capacidade eólica até 2019 a uma taxa de crescimento anual média de 20%, sendo esta taxa de 46% em 2015, valor mais elevado entre as maiores potencias eólicas mundiais. Joaquim Rolim, coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, destaca os principais temas abordados: "Foram muito comentados os atuais desafios, tais como a financiabilidade e o papel que será desempenhado pelo BNDES daqui para a frente; a necessidade de se poder utilizar pelo menos em parte uma indexação dos contratos de compra de energia nos leilões, ao dólar ou outra moeda estrangeira, podendo então serem reduzidos os custos; a capacidade de escoamento para a energia gerada, que continua sendo uma das principais restrições em muitos estados do Nordeste; e as possibilidades de desenvolvimento da cadeia produtiva. Para isso, segundo Joaquim, está sendo desenvolvido pela FIEC em conjunto com a SDE, a Agenda de Desenvolvimento para a Cadeia Produtiva de Energias de Energias Renováveis no Ceará
O Ceará, ressalta ele, já conta com cadeia produtiva de energia renovável – tem fábricas de pás, torres, aerogeradores, escadas, elevadores e componentes - e está fortalecendo a atuação no setor. “Muito gratificante participar da feira e ver que o ambiente de negócios da Brazil Wind Power não conhece a crise. Temos no Ceará uma grande janela de oportunidade para essa economia e uma vocação natural para crescer ainda mais o setor eólico. Temos ainda, a vontade política do governo Camilo Santana de desenvolver o setor. Vamos voltar a ser o primeiro lugar na geração de energia renovável", ressaltou Nicolle Barbosa, Secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico. Jurandir Picanço, presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, comentou: “O Brazil Wind Power demonstrou claramente o dinamismo do setor eólico no Brasil e a certeza de um futuro promissor.”
